Dança de solidao
Paulinho Da Viola
Dança de solidao
Paulinho Da Viola
Solidao é lava que cobre tudo;
amargura em minha boca,
sorri seus dentes de chumbo.
Solidao palavra cavada no coraçao,
resignado e mudo
no compasso da desilusao.
Desilusão,
desilusão,
danço eu dança voce
na dança da solidão. (2v.)
Camélia ficou viuva, Joana se apaixonou
Maria tentou a morte, por causa do seu amor.
Meu pai sempre me dizia,
meu filho tome cuidado:
quando eu penso no futuro, nao esqueço
o meu passado!
Quando vem a madrugada,
meu pensamento vagueia,
corro os dedos na viola,
contemplando a lua cheia:
apesar de tudo existe,
urna fonte de água pura.
Quem beber daquela água
não terá mais amargura.
Desilusão,
desilusão,
danço eu dança voce
na dança da solidão. (3v.)
La solitudine è una fava che ricopre tutto; amarezza nella mia bocca, sorride coi suoi denti di piombo.
La solitudine è una parola conficcata nel cuore, rassegnato e muto nel circolo della disillusione.
Camelia è rimasta vedova, Joana si è innamorata, Maria ha tentato la morte a causa del suo amore; mio padre mi ha sempre detto: «Attento, figlio mio: quando penso al futuro non mi scordo mai il passato».
Quando sorge l’alba il mio pensiero vaga, con una viola tra te dita contemplo fa luna piena: nonostante tutto esiste una fonte di acqua pura. Chi beve quell’acqua non avrà mai più amarezza.