Romaria
Renato Teixeira
Romaria
Renato Teixeira
É de sonho e de pó
o destino de um só
feito eu, perdido em pensamento
sobre o meu cavalo.
É de laco e de nó
de gibeira o jiló
dessa vida cumprida a sol.
Sou caipira Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura
e funda o trem da minha vida. (2v.)
O meu pai foi peão,
minha mãe solidão,
meus irmãos perderam-se na vida
à custa de aventuras.
Descasei, joguei,
investi, desisti,
se há sorte, eu não sei, nunca vi.
Sou caipira Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura
e funda o trem da minha vida. (2v.)
Me disseram, porém
que eu viesse aqui
pra pedir, de romaria e prece,
paz nos desaventos.
Como eu não sei rezar,
só queria mostrar
meu olhar, meu olhar, meu olhar.
Sou caipira Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
ilumina a mina escura
e funda o trem da minha vida. (2v.)
È di sogno e polvere il destino di un uomo solo come me, perso nei miei pensieri, sul mio cavallo. È fatto di lazzo e nodi, di poveri calzoni e gilet, di questa vita vissuta sotto il sole.
Sono un contadino di Pirapora, Signora di Aparecida, illumina i binari della miniera scura e profonda, il treno della mia vita.
Mio padre era un peao, mia madre era la solitudine, i miei fratelli si son persi nella vita a causa di avventure. Sono divorziato, ho giocato, ho investito, poi ho abbandonato. Se esiste la fortuna, non lo so, non l’ho mai vista.
Mi hanno detto però di venire qui, in pellegrinaggio, in preghiera, per chiedere la pace nei disaccordi. Ma dal momento che non so pregare, sono venuto semplicemente a mostrare il mio sguardo.