Lagrima
A. Rodrigues – C. Gonçalves
Lagrima
A. Rodrigues – C. Gonçalves
Cheia de penas,
cheia de penas me deito
e com mais penas,
com mais penas me levanto.
No meu peito,
já me ficou no meu peito
esse jeito,
o jeito de ter querer tanto.
Desespero,
tenho per meu desespero
dentro de mim,
dentro de mim o castigo.
Não te quero,
eu digo que não te quero
e de noite,
de noite sonho contigo.
Se considero
que um dia hei-de morrer
no desespero
que tenho de te não ver
estendo o meu xaile,
estendo o meu xaile no chão,
estendo o meu xaile
e deixo-me adormecer.
Se eu soubesse,
se eu soubesse que morrendo
tu me havias,
tu me havias de chorar,
por uma lagrima,
por uma lagrima tua
que alegria!
Me deixaria matar.
Piena di sofferenze vado a letto e con sofferenze più grandi mi alzo. Nel mio petto è rimasta l’abitudine di amarti tanto.
In me c’è una condanna a causa della mia disperazione, non ti voglio, dico di non volerti e di notte sei il mio sogno.
Quando penso che morirò e non ti vedrò disperata, stendo il mio scialle per terra e mi abbandono al sonno.
Se sapessi che alla mia morte tu verseresti una lacrima, per una tua lacrima, che allegria! Mi lascerei uccidere.